Amamentar dói? Não deveria! Mas isso é dentro de um contexto ideal de amamentação, ou seja, o bebê é colocado para mamar desde os primeiros minutos de vida sob livre demanda e apresenta uma boa pega, a mãe está segura, tranquila e apresenta uma rede de apoio adequada e que apoie a amamentação (incluindo o pai do bebê, a sua família, amigos, equipe de saúde). Além disso, tem um tempo de adaptação da pele do seio que estará em contato quase constante com saliva e sob a pressão de uma sucção.
Dando sequência ao post anterior sobre os Desafios da Amamentação, vamos fala da dor para amamentar.
Assim, dependendo da sensibilidade materna e de todos esses fatores, pode ter um período de desconforto, que pode ser minimizado tanto com relação à intensidade como com relação à duração, com alguns cuidados.
O próprio leite tem ação cicatrizante. Assim, após cada mamada, passar um pouco do próprio leite no mamilo ajuda a eliminar as pequenas fissuras que podem aparecer. Além disso, quanto menos coberturas sobre os seios, melhor. Esse é o momento para ficar com a camisa aberta (ou sem camisa) e sem o sutiã, além de evitar absorventes. Às vezes, pelo peso da mama, a mulher não consegue ficar sem sutiã e, então, pode optar pela versão própria para amamentação, que possui aberturas. Quanto mais ar os seios tomarem, melhor. Se conseguir tomar sol, melhor ainda!
Outro ponto a ser cuidado é com relação à pega. Essa é a principal causa de dor nos seios. Se existir algum problema, por menor que seja, a mãe sentirá desconforto, além de ocorrer uma mamada pouco efetiva, ou seja, o bebê suga mas não obtém todos os nutrientes do leite materno, apresentando menor ganho de peso. Então, solicite uma avaliação por parte de um profissional que apoie amamentação caso tenha dor.
Candidíase e mastite também são razões frequentes para a dor. Esses quadros precisarão ser tratados por um médico a fim de evitar um problema maior que inviabilize a amamentação.
Quando a mama possuir algum ferimento e a sua causa já estiver em tratamento (pois não adianta tentar aliviar a dor sem saber o que está acontecendo), a mãe poderá poupá-la por uma ou duas mamadas, caso a dor seja intensa. Se a situação for incontrolável nos dois seios, pôde-se optar pela ordenha, oferecendo o leite retirado em copinho. Mudar a posição em que o bebê costuma mamar é uma ótima alternativa. Assim, ofereça o peito com a posição invertida (com o corpo do bebê encostada na lateral da mãe) ou com o bebê sentado. Dessa forma, a sucção proporcionará uma pressão em outras áreas da aréola.
Somente use medicamento ou creme com orientação de um profissional. E ofereça a mama antes dela estar extremamente cheia, pois isso aumentará a sensibilidade das mamas, além de existir maior esforço do bebê. Então, se esse for o caso, ordenhe o excesso de leite antes de colocar o bebê para mamar.
Não trate a dor como sendo algo normal na amamentação. Isso precisará ser algo que você consiga fazer sem sofrimento! Busque ajuda e apoio sempre que sentir que algo não está funcionando bem.
Senti dores também…passei uma pomada que me ajudou bastante não me lembro o nome agora, além do próprio leite que realmente ajuda na cicatrização 😉