Está iniciando mais um período de férias e festas e, com isso, as famílias saem em viagem! Algumas ficam inseguras e até evitam viajar quando os filhos são pequenos. Outras ficam cheias de dúvidas sobre garantir a alimentação deles. O que levar em viagem de avião? Como oferecer? Se ficar em hotel, quais as melhores opções para aquilo que é para ser diversão não virar estresse?
Vou reunir aqui, então, algumas sugestões para facilitar a sua vida!
Viagem de avião
– Bebês amamentados no peito saem em vantagem porque, mesmo se já forem alimentados por sólidos, a amamentação concilia a satisfação da fome, redução do tédio, ajuda para dormir e controle de eventuais dores de ouvido pela pressão.
– Se o bebê recebe fórmula, sempre leve consigo quantidade adicional para eventuais emergências. Precisa cuidar também para ter todos os utensílios já esterilizados.
– Se o bebê come por meio do BLW, também tem uma vantagem. Carregue banana, pera, tomate, milho, uvas… Você também pode já levar algumas receitas, como uma torta caseira ou pães. Quanto mais longa a viagem, maior a necessidade de variedade. Mas saiba que, no avião, eles tendem a não comer tanto quanto comeriam em casa.
– Dependendo muito da companhia aérea, nada dependa da comida oferecida por ela durante a viagem.
– Procure também fazer uma boa refeição antes de sair de casa e oferecer um lanche antes de entrar no avião e entre eventuais trocas de aeronave.
– Se é um bebê que está no início da introdução de alimentos, não é hora de experimentar novos alimentos. Leve aquilo que o bebê já conhece!
– Se o bebê comer papinhas, elas podem ser carregadas congeladas em térmicas com gelox e aquecidas na própria aeronave. Mas tente fazer um planejamento para não precisar tanto das papas principais. Se você conseguir oferecer uma fruta amassada ou raspada nesse momento, será mais fácil. São as melhores formas para você fugir das papinhas industrializados que, além de serem péssimas quanto à textura e valor nutricional, corre o risco do bebê recusar e você perder seu tempo.
– Para hidratação, água sempre é a melhor pedida, além do próprio leite materno.
Viagem de carro
– A ideia é bem parecida com a do avião. Tem a vantagem de você conseguir administrar melhor o ritmo da viagem, mas a desvantagem de, provavelmente, durar mais.
– Procure fazer paradas estratégicas antes do bebê demonstrar cansaço ou estresse. Aproveite para avançarem a viagem enquanto dorme.
– Alimente-o nas paradas. Cuide para que sejam alimentos com digestão mais fácil, como cereais, raízes, frutas e legumes. Também tome cuidado quanto ao volume. Se encher muito o estômago, com o movimento do carro, ele pode passar mal e vomitar.
Durante a hospedagem:
– Se você está em um local com cozinha disponível, fica bem mais fácil. Por mais que você não queira passar a viagem inteira cozinhando, ter um fogão para fazer um omelete ou cozinhar o macarrão ou ter um refrigerador para guardar alguns alimentos perecíveis, ajuda muito. Além disso, diminui o custo da viagem. Faça um planejamento com alimentos simples e elaboração de pratos mais versáteis, como um macarrão cozido com legumes e carne.
– Tenha atenção redobrada com a origem dos alimentos, especialmente aqueles que precisam ser refrigerados. Tome cuidado também com a água local. É mais seguro água engarrafada.
– Se você se hospedará em hotel, provavelmente fará suas refeições em restaurantes e lanchonetes. Mesmo assim, providencie alimentos coringas para eventuais lanches antes de dormir ou enquanto as pessoas se arrumam para sair. Frutas são sempre ótimas porque geralmente não precisam de refrigeração.
– Traga consigo alguns utensílios básicos, como uma faca pequena, uma colher e algum prato que o bebê costuma usar. Se o local de destino não tiver oferta razoável de alimentos que o bebê costuma comer, vale a pela carregar alguns “coringas” que não terão no seu destino.
Durante os passeios:
– Com um bebê, o ritmo é outro. É importante fazer paradas em intervalos menores e procurar ter horários mais regulares para as refeições. Com eles, é mais difícil aquele esquema de ficar “batendo perna” e só parar à noite para jantar. Mas também não significa que você precisa ir três vezes por dia a um restaurante.
– Coma em praças ou em parques. Passe em um mercado e planeje um piquenique para adultos e crianças. Elas comem mais livremente e ainda se divertem. Lembre-se de que geralmente alguns passeios, como visitas a museus ou compras, não têm grande apelo para elas. Elas se divertem jogando pedrinhas em uma fonte, pegando flores no chão e outras coisas bem simples.
– Tenha na bolsa alguns alimentos práticos para ajudarem a segurar a fome. Sempre voto na uva, tomates e banana. São simples e costumam ter com certa frequência.
– Em restaurantes, opte pelo básico. Um arroz e feijão com alguns legumes já podem ser a base para um almoço ou jantar. Uma massa com molho de tomate também costuma ser prática. Mas pense em pratos que serão divididos com você ou com outro adulto.
– Tomando os cuidados de segurança, deixe também seu filho conhecer a cultura alimentar local. Algum tipo de pão típico, um modo diferente de preparar um legume… Tudo isso é muito rico e vai muito além de somente nutrir o seu filho. Mesmo que, depois de alguns anos, ele não se lembre da viagem, essas experiências ajudam a formar o repertório alimentar do bebê, além de contribuir para sua socialização.
Boa viagem!!!