Primeiro texto infantil do ilustrador Fê, O reizinho que só falava sim trata com delicadeza e muita criatividade um tema tão atual e importante, a questão da expressão dos próprios desejos e emoções sem medo de perder amigos.
Esta é a história de um menino de sete anos, Guilherme, que um dia ocupará o lugar do pai no trono, o rei George. Como todas as crianças, ele gosta de brincar, tem muitos brinquedos, mas poucos amigos. Foguinho, filho do dragão, Magali, filha do mago, e Eugênio, filho do cientista do reino, fazem dele gato, sapato, minhoca e chinelo. Se não destroem os brinquedos, eles pegam emprestados e nunca os devolvem.
Seu maior problema é ter sempre que dizer sim a tudo e a todos. Guilherme tem medo de externar sentimentos e opiniões e todos se aproveitam disso, o que torna sua vida bem triste. Até que um verdadeiro amigo, o pássaro azul que vive no reino, chama a atenção sobre seu comportamento. De sim para tudo ele passa a dizer não e afugenta todos. A vida do menino muda quando descobre a importância do equilíbrio da atitude, com o uso da palavra talvez. Guilherme recupera sua autoestima e a convivência com os amigos muda radicalmente e para melhor. Todos se beneficiam dessa nova relação de amizade.
O texto de vocabulário rico e o traço forte de Fê mostram como o equilíbrio das atitudes pode enriquecer a amizade. Discute questões como autoconhecimento, autoestima, egoísmo ou convivência social.
Publicado inicialmente pela Editora Larousse, a nova edição de O reizinho que falava sim recebeu cuidadosa revisão de texto e novas ilustrações, agora pela editora Papagaio.
O autor
Sérgio Fernando Luiz, pseudônimo Fê, nasceu na cidade de Santos e hoje vive entre São Paulo e Londres. Ilustrou diversos livros infantis, além da coluna diária de José Simão, na Folha de S. Paulo. O reizinho que só falava sim é seu livro de estreia como autor. Hoje tem outros livros publicados como autor e ilustrador.