Por Viviane Laudelino Vieira
Ontem, no post “A FISIOLOGIA DA AMAMENTAÇÃO JUSTIFICA PORQUE SOMOS CAPAZES DE AMAMENTAR“, falei sobre como o nosso corpo contribui para o sucesso da amamentação. Mas também falei que o outro ponto que garante a amamentação é quando o bebê consegue sugar de forma eficaz.
Mas, como avaliar se o nosso bebê está mamando corretamente?
Normalmente, acreditamos que, assim que o bebê nasce, ele já é totalmente capaz de mamar. Isso acontece sim… muitas vezes!
Mas, eventualmente, existem mamilos que podem oferecer alguma dificuldade ou o bebê pode ter a língua presa. Mais frequente, temos uma mãe ansiosa que não consegue relaxar nos primeiros momentos na hora de levar o bebê ao seio, um monte de gente em volta dela à espera do show (e, muitas vezes, palpitando), uma chupeta, mamadeira, leite artificial e… pronto! Problema instalado!
Então, vou trazer aqui algumas informações que te ajudará a avaliar a sucção do bebê.
O primeiro ponto é relacionado à posição dele. Coloque o bebê voltado para o seu corpo, de frente para você. Principalmente nas primeiras semanas, ele ficará mais confortável e também se sentirá mais seguro. O corpo do bebê também deve estar alinhado, evitando o pescoço arqueado ou caído. Seu queixo deverá encostar no seio materno, pois também facilitará que ele pegue parte da aréola, e a sua boca deve estar bem de frente para o mamilo e aréola.
O segundo passo é observar a pega. A boca do bebê deve estar bem aberta, com os lábios voltados para fora (como um peixinho) e a língua dele acoplada nessa região da aréola com o mamilo. Uma boa forma de se avaliar se a pega está certa é quando se pode ver mais da parte superior da aréola do que a inferior. Também as bochechas do bebê ficam arredondadas (sem covinhas) e pode-se ouvi-lo deglutir (mas não deve fazer barulho para sugar).
O último aspecto é relacionado ao reflexo do bebê. Tente encostar o mamilo no seu lábio. É esperado que ele coloque a língua para fora, como se estivesse buscando algo (na verdade, está… É o reflexo da busca). Ao abocanhar o seio (ou mesmo se você fizer a experiência com o dedo), aí você verá o reflexo da sucção. Mesmo recém-nascidos têm muita força para sugar (por isso, é bom tomar cuidado quando precisar tirar o peito da boca antes dele largar espontaneamente… Ele poderá te machucar!) E, quando está mamando, o bebê enche a boca de leite e, então, ocorre o reflexo da deglutição.
Parece muita informação e regra para um ato que é tão natural, como a amamentação. Pode ser! A maioria dos casos, mãe e filho se entendem nos primeiros dias ou semanas. Porém, hoje a mãe está em um ambiente que nem sempre favorece essa naturalidade de amamentar: vem a desconfiança do ganho de peso insuficiente (às vezes, reforçado pelo próprio pediatra), o choro aparentemente sem causa, as comparações com outros bebês que se comportam de forma diferente, a indústria de alimentos passando a mensagem de que há um substituto à altura do leite materno (E NÃO HÁ), o cansaço, falta de apoio… Por isso, essas informações podem dar uma tranquilidade à mãe de que está indo tudo bem! Mas, caso haja alguma dúvida, deixo a mensagem aqui para não exitar em procurar ajuda assim que sentir necessidade. Não espere! Bancos de leite, clínicas especializadas em puericultura, consultoras de amamentação, grupos de apoio… Há diversas opções que podem ajudar a mulher.
Aos poucos, iremos falar aqui no blog sobre esses lugares e também sobre o nosso trabalho como consultoras de amamentação. Acompanhem nossas publicações e mandem seus comentários!
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Caso haja dificuldades de amamentar o bebê, a partir de quanto tempo depois que ele nasce é necessário incluir o leite artificial para que não comprometa a saúde dele?
Acredito que o plano de parto pode ser muito importante para que este leite não seja oferecido antes da mãe tentar amamentar, para que haja o contato imediato entre mãe e bebê após o nascimento, etc.
Oi Márcia! Tudo bem? Não existe uma regra que padronize isso. Precisa de uma avaliação médica. Mas, veja, essa avaliação precisa ser baseada em evidências concretas (e não em achismos que, às vezes, observamos por aí). Um profissional que diagnostique a dificuldade precisa intervir (ou apoiar alguma intervenção) naquele exato momento. Não basta esperar que mãe e filho se entendam sozinhos. Precisa gastar uma tarde inteira se for preciso, mas fazer o manejo da amamentação. Antes de dar complemento, mesmo que haja problema com pega, o primeiro passo é orientar a ordenha para o bebê receber ainda o leite materno. Mas, se houver perda de peso maior do que o esperado e realmente não há leite materno naquele momento, aí sim surge a fórmula. Sobre o plano de parto, ele é fundamental, mas você precisa ter uma equipe que seja sua parceira. Muitas mães pensam tanto em escolher o obstetra, mas esquecem do neonatologista. Esse profissional poderá ser decisivo no momento do nascimento. Um beijo!
[…] bebê e é muito comum termos mais leite do que o necessário. Isso pode ser mais intenso quando o bebê não faz a pega correta, ou seja, a mulher está produzindo mas o recém-nascido não consegue extrair o leite. Algumas […]
Estou com muita dor ao amamentar principalmente quando coloco o peito na boca dele as primeiras sugadas sao aterrorizantes … estou usando pomada mas msm assim doe mt tenho mt leite e ele mt fome ele suga com muita força ja nao sei oq eu faço
Oi Lilian! Se essa dor passa após alguns instantes, tende a ser mais tranquilo. Não sei quanto tempo tem o seu bebê, mas pode ser um processo de adaptação de vocês. Mas também é preciso observar a pega, principalmente se a dor persistir. Algo que pode te ajudar é tirar um pouco do excesso de leite antes dele começar a mamar porque, com o peito muito cheio, ele pode precisar fazer mais força! Você sabe ordenhar?
[…] leite. A outra via, que também está relacionada com o bico de silicone, é relacionada com a pega incorreta. Além de machucar a mãe, um bebê que não pega corretamente o mamilo não consegue extrair de […]