Preparamos, aqui no Maternidade Sem Neura, uma série de textos falando sobre a alimentação infantil fora de casa (em restaurantes) e sobre os menus infantis, discutindo que havia uma divergência entre as preferências dos pais e o que os restaurantes ofereciam.
Como os entrevistados citaram os restaurantes onde costumam recorrer ao menu infantil (ou já recorreram, pelo menos, uma vez), fomos atrás de maiores informações. Afinal, quais eram os componentes de cada prato oferecido?
Listamos 46 restaurantes diferentes e, destes, 19 disponibilizam seus menus pela internet. Assim, analisamos 74 pratos.
Para conseguirmos classificar cada prato, propusemos um material chamado “Medindo a qualidade do menu infantil”. Ele contém 9 componentes, tal como pode ser observado na figura abaixo:
Para cada componente, é conferida uma pontuação e, ao final, o prato pode receber de 0 a 10 pontos, sendo que consideramos um prato com alta qualidade aquele que recebeu, pelo menos, 7 pontos.
QUAL FOI O RESULTADO QUE ENCONTRAMOS?
Dos 74 pratos analisados (excluindo aqueles que eram somente sobremesas e bebidas), 18 foram considerados com baixa qualidade nutricional, o que representa quase 1/4 de todas as opções analisadas. Os principais pontos que tornaram os pratos ruins foram a pouca quantidade (ou inexistência) de frutas, legumes e de verduras e a pequena variedade (pratos com poucos grupos de alimentos). Por outro lado, 11 pratos foram considerados de alta qualidade nutricional (14,9%).
O que podemos fazer diante desses resultados? Primeiro, favorecer e valorizar aqueles estabelecimentos que buscam realizar um trabalho mais cuidadoso com relação ao público infantil que, afinal, não deixa de ser uma parcela dos seus clientes. Além disso, opinar, reclamar, sugerir! Muitos vezes, por falta de feed back, as mudanças não acontecem!
