Por Viviane Laudelino Vieira
No mês passado, inaugurou um restaurante chamado Chácara Turma da Mônica, em um espaço amplo e arborizado, onde funcionava a Chácara Santa Cecília.
Em meio a réplicas gigantes das personagens, o restaurante do Maurício de Souza oferece atividades de recreação para as crianças e um cardápio que é definido como “infantil”.
Não é novidade que a marca “Turma da Mônica” é usada para vender salsichas, hambúrgueres e empanados de frango e, no restaurante, isso é potencializado. Promove-se a marca Seara em diversos pratos que pouco combinam com o ambiente de natureza e que fala sobre sustentabilidade ambiental do restaurante. Hamburguinho, cachorro-quente, sanduíche de mortadela, batatas fritas… É possível contar nos dedos os produtos que não são cheios de sal, gordura e conservantes. O que dá um tom infantil (que, aliás, eu nem aprecio), são os nomes nos pratos em diminutivo: “mini hamburguinho”, “saladinha”, “caldinho”…
Mas o preço é para a criança se sentir gente grande. Em um domingo, incluindo o serviço, o buffet infantil ultrapassa fácil 100 reais. Em recente crítica da Folha de São Paulo, fala-se em pratos mal executados e excessivamente gordurosos, além de um serviço confuso e pouco simpático.Vale a pena levar as crianças? Com certeza, o apelo emocional, inclusive para nós, adultos, é enorme frente aos nossos heróis dos quadrinhos da infância. Mas, hoje, não consigo pensar com tanto romantismo. Expor minha filha a um bombardeio de publicidade realmente não parece valer a pena, sem contar a sensação de exploração pelo valor que se paga para viver um pouco nesse mundo dos quadrinhos sem nenhuma fantasia.
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