Algumas vezes, usamos estratégias achando que estamos ajudando na alimentação do bebê… Outras, temos atitudes inconscientes.
Observe as afirmações abaixo e entenda quais armadilhas elas podem guardar para você!
- Você insiste em mais uma colherada quando o bebê dá sinais de que não quer mais. Armadilha: O bebê perderá sua percepção de saciedade. A longo prazo, será aquele adulto que não se percebe satisfeito e come, independente da fome, até a comida acabar.
- Você usa algo para distrair o bebê para que ele coma mais fácil (tablet, brinquedos, celular). Armadilha: O bebê não aprenderá sobre o que está comendo, um dos pontos mais importantes sobre a alimentação complementar.
- Você tenta colocar a colher com comida na boca do bebê antes dele abrir. Armadilha: Não respeitamos o tempo do bebê que, certamente, é diferente do nosso, pois ele está aprendendo a comer.
- Você usa estratégias como o “aviãozinho” ou música para estimular o bebê abrir a boca. Armadilha: O adulto desvincula o momento da refeição do seu real significado, pois o bebê aprenderá a abrir a boca pela brincadeira e não para se alimentar.
- Você limpa várias vezes o bebê durante a refeição. Armadilha: Além de ser desconfortável, ensina ao bebê que comida é algo sujo e que não se podde ter contato.
- Você oferece os alimentos de maior aceitação por medo dele não comer o suficiente naquela refeição. Armadilha: Não se estimula que o bebê conheça os diferentes alimentos, tornando-o mais propenso a ter uma alimentação monótona.
- Se o bebê não quer ficar sentado, você alimenta-o em pé ou pela casa. Armadilha: Isso não contribui para que o bebê aprenda sobre o local e o horário em que se faz as refeições naquela família, além de estimular que coma de forma distraída.
- Você comemora com o bebê pelo fato dele ter comido. Armadilha: Devemos comemorar com o bebê o fato dele estar à mesa ou de estar tentando se alimentar, por exemplo. Não queremos que ele aprenda que comer é para ser elogiado.
- Você compensa com outros alimentos o fato do bebê ter comido menos do que você gostaria. Armadilha: Isso ensina ao bebê que há estratégias para que ele sempre receba os alimentos preferidos. Além disso, tende a tornar a alimentação com pior qualidade nutricional.
- Demonstra desaprovação quando o bebê não come. Armadilha: O bebê não deve sofrer pressão psicológica por parte dos adultos para que coma. Ele precisa comer porque sente vontade.
Se você respondeu “SIM” para, pelo menos, um desses itens, observe melhor a forma como você age! Se você assinalou 3 ou mais, é hora de repensar as atitudes com bastante cuidado porque isso pode interferir bastante e negativamente na alimentação do seu filho! Quando um cuidador é autoritário (aquele que força a barra para a criança comer, por exemplo) ou permissivo (aquele que vai “afrouxando” as regras para tentar fazê-lo comer), torna o momento da refeição mais estressante para todos da casa, adultos e crianças. Além disso, há mais chances da criança, no futuro, apresentar dificuldades alimentares.
Algo que também vale chamar atenção é que, em muitos casos em que a introdução alimentar vem ocorrendo com dificuldades, o principal problema está no ambiente (e o adulto faz parte desse ambiente) em vez de ser algo do próprio bebê. Então, se queremos que o bebê coma, vamos melhorar nossas atitudes?