Achou estranha a minha pergunta?
Pois é mais do que frequente o médico (e outros coleguinhas da área da saúde) trazer suas orientações de formas impositiva, ou seja, em vez de discutir e sugerir, ele praticamente dá uma ordem!
Pode parecer somente uma força de expressão ou uma interpretação da mãe ou família orientada, mas é algo muito sério porque traduz o quão parceiro esse profissional está sendo seu ou, então, o quanto ele despreza a opinião dos pais. Isso tem a ver com um modelo que estamos tentando superar, mas ainda persiste que centraliza o cuidado à saúde na figura do médico. Assim, se o médico diz para fazer algo e qualquer outro profissional contesta, a chance do paciente seguir à orientação médica é muito maior.
E mesmo que a pessoa tenha competência técnica, é igualmente importante que esse profissional não seja um ditador de regras, impondo toda a sua teoria guela abaixo das famílias. Qualquer decisão é da família e cabe ao profissional guiar essa tomada de decisões e alertar quanto a eventuais riscos relacionados às escolhas das famílias. Somente em caso realmente extremos, medidas mais extremas precisariam ser tomadas. Caso contrário, ninguém deveria mandar ou desmandar naquilo que você faz com o filho.
Então, escolher um bom profissional para te acompanhar tem relação com a experiência e formação dessa pessoa, mas também com a sua forma de atuação. Se ele não está disposto a ouvir a sua história, mas, no máximo, a sua queixa, pense duas vezes! Se ele sequer questiona sua opinião e, quando a ouve, reage desqualificando-a (não significa que ele tem que concordar sempre contigo), pense mais ainda!
O pediatra te mandou fazer algo? Talvez seja hora de rever suas escolhas!